Caro leitor,
Todos nós temos prazeres dos quais não nos orgulhamos ou, pelo menos, não os espalhamos aos quatro ventos. Ora porque as ideias preconcebidas dos outros, a jeito de "peer pressure" ou até mesmo de bullying pscicológico, criam em nós uma vergonha, um receio de espalhar estes nossos gostos menos populares ou demasiado populares. Ora, porque nem sempre pode ser tema de conversa.
Aqui elenco, em tom de confissão, os meus.
Taylor Swift- Confesso que as músicas dela não me são indiferentes. Não sou uma fã incondicional, mas dou por mim a trautear algumas delas e, às vezes, fico espantada com o talento da jovem artista. Afinal, a cantora, compositora e "serious dater", ganhou e continua a ganhar inúmeros prémios. Aqui fica a minha preferida, do último álbum. Gosto da batida e da letra, ainda que seja sobre o Harry Styles! Mas, se fosse a selecionar uma música da Taylor que não falasse de alguma relação passada, não tinha muito por onde escolher. https://www.youtube.com/watch?v=-CmadmM5cOk
Reality shows - sou fã há anos do The Amazing Race -USA que deve estar na série 26 e do The Block-AUS, gosto de MasterChef Aus, e é verdade que não posso dizer que nunca vi um Big Brother ou uma Casa dos Segredos.
Músicas dos anos oitenta - podia fazer aqui uma "final countdown" das mais emblemáticas, das que permitiram e permitem ainda uma "safety dance" estranha do género "walk like an egyptian", das que, tal como um bom"thriller", me entusiasmam e que me dão a genica "before I go go" trabalhar numa dessas "manic mondays", ou das que me fazem sentir "forever young" e como se estivesse num "heaven".
São músicas do tempo velhinho do telefone com fio encaracolado onde ainda se telefonava para simplesmente dizer "I just called to say I love you", onde "ebony and ivory" ainda viviam juntos em perfeita harmonia e onde as canções eram mais "true". Músicas onde "maneater" não era sinónimo para Jennifer Lopez, onde se dançava "all night long", ainda que fosse "dancing in the dark" e temendo o "footlose" do vizinho de pista de dança e onde as "reggae nights" eram mesmo reggae nights. Músicas onde "every breath you take" não era um episódio de Grey's anatomy onde morre mais uma personagem principal ou onde "take my breath way" não era considerado um incentivo à eutanásia."Everybody wants to rule the world" era só uma canção e "she drives me crazy" não resultava em homicídio passional. "Broken wings" não era um desejo de "bad boy" Lopetegui - sim, Jesus, como eu te compreendo. Também eu não sabia se era Jotolopetegui ou Lopetegui.
Só nesta década poderia uma canção como"tarzan boy" ser um êxito. "Don't get me wrong", eu reconheço um certo "invisible touch" na canção.
Nós que passamos pela década de 80 conscientes e que nunca dissemos " i just died in your arm" afirmavamos: "I wanna know what love is". "I should have known better" que a década de 80 seria apenas "another brick in the wall" para muitos e que não compreenderiam esta relação. Não era propriamente uma década para se saborear "red, red wine".
As músicas dos anos oitenta são intemporais, "time after time"!
Ó, músicas dos anos 80, "nothing's gonna change my love for you". Vós sabeis, "say you, say me", que o nosso amor é um "higher love" e eu uma "slave to love"."I'll be loving you forever" (a referência os New Kids On The Block era crucial). "Nothing's gonna stop us now". "They'll never tear us apart" - tum, tum, tum, tum . (má onomatopeia, eu sei. Aceitam-se substitutos)
Eu não quero, eu não vou deixar estas músicas caírem no esquecimento. Se tiver que "save a prayer" eu faço. "Don't dream it's over", Sandra - alguém diria. "With or without you" as músicas permanecerão, mas "wouldn't it be good" se tivessemos a certeza?
Ó musicas dos anos 80, "take on me". Ó musas, "I've had the time of my life"," never gonna give you up".
Amantes das músicas da década de 80: "We are the world"."NEVER SAY GOODBYE".
"If you don't know me by now", caro leitor, fique a saber que este é o meu guiltiest pleasure. Espero que isto não o afaste de mim. "Don't you forget about me" da próxima vez que entrar no mundo dos blogues.
P.S. Esta carta é dedicada à "Kayleigh".