1. DON'T BREATHE
Gosto de thrillers - já o deve saber - e de (bons) filmes de terror, mas já estava preparada para um filme cheio de clichés quando me propus a ver "Don't Breathe" (Nem respires).
O elenco jovem não inspirava muita confiança e à medida que os jovens entravam na casa, os movimentos seguintes eram facilmente antecipados. No entanto, devo dizer que o filme me surpreendeu, literalmente. Depois de uma das mortes - not a spoiler alert, sabemos que nestes filmes alguém tem que morrer- o desenrolar de surpresas é acelerado e inteligentemente concebido. Há pelo menos uma delas que nunca teria colocado como hipótese - e não é de todo rebuscada. Ainda está no cinema, por isso aproveite.
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2. JANE GOT A GUN
O género western não se encontra na lista dos meus 5 preferidos, mas na minha infância devo ter visto quase tudo o que havia para ver - thanks, dad. No entanto, Natalie Portman e Ewan McGregor são atores de renome, com provas dadas, e Joel Edgerton também não é nada mau e gostando eu de Aerosmith - q.b. - e da fantástica canção "Janie's got a gun" - aqui pelo menos o título não apresenta incorreções gramaticais - resolvi entreter-me com o filme.
A verdade é que talvez eu já parta para alguns filmes de pé atrás. E apesar de os pedaços da trama que nos são dados a conhecer inicialmente parecerem formar uma história interessante, os diálogos e o modo como são concretizados pelos atores (Portmam e Edgerton), deixam muito a desejar. Como é que uma atriz do calibre da Natalie se deixa convencer a entrar neste filme? Para além de razões contratuais com os estúdios - mas isso daria uma outra carta - não estou a ver uma razão plausível. Ah, mas eis que surge uma reviravolta. E que belo twist! E assim tudo se compreende: para além de um chorudo salário, e da oportunidade de se libertar de filmes com papéis menores e com personagens desinteressantes e planas (Thor), este filme terá sido o momento ideal para a atriz voltar aos papeis principais e às personagens redondas ou modeladas. Seria, se não fossem os diálogos horríveis. No entanto, uma vez que a reviravolta é inteligente, penso que o filme possa ser interessante para quem gosta de uma boa história - e aqui não me posso adiantar muito para não revelar aspetos importantes.
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3. BLOGEN - ALERTA TSUNAMI
Filme sobre catástrofes naturais com causas plausíveis, com efeitos hollywoodescos q.b., com paisagens naturais verdadeiramente belas, com boa fotografia e boas escolhas por parte do realizador, com boas prestações dos autores e falado inteiramente numa língua imperceptível, a não ser que, de acordo com essa fonte infalível que é a Wikipédia, seja uma de entre os 5 milhões de pessoas que domina a língua norueguesa. Chega para convencer? Está em cartaz e, vá por mim, vale a pena.
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4. OCHO APPELLIDOS CATALANES - NAMORA À ESPANHOLA
Em novembro estreia esta comedia espanhola e se isso já não bastasse para atestar a qualidade da comédia, posso adiantar que o filme que a precede - Ocho Appellidos Vascos - é fantástico. Vi-o e gostei imenso de conhecer as ideias preconcebidas sobre a Andaluzia e o Pais Vasco e que, na verdade, não deixam de ser ideias que definem as duas regiões e os nascidos nelas. Gostei pois as diferenças e as caraterísticas foram entrelaçadas no filme com astúcia e desenvolvidas com mestria. O desempenho dos atores não deixa nada a desejar - o trabalho de Clara Lago é já extenso e na minha opinião muito bom, e o ator principal Dani Rovira estreia-se brilhantemente, não fosse ele um bom comediante. Julgando que será mais do mesmo, mas a respeito de outra região, pretendo ver o filme brevemente.
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5. BEN-HUR - Menção mais ou menos honrosa
Li o livro, para me preparar para o filme, para que pudesse comparar plenamente os dois e reparar nas alterações feitas e até que ponto resultaram. Fui ver o filme e depois revi o original, aquele que tinha ganho 11 dos 12 óscares para o qual havia sido nomeado. Como amante de livros, prefiro quase sempre o livro, ainda que goste da concretização visual que o filme permite.
Preferi o livro - ainda que não seja particularmente um livro de eleição. O recente filme faz umas alterações para poupar tempo e personagens, mas parece que apenas poupa nas personagens. Eu cortaria algumas coisas. As atuações não são brilhantes, prefiro as do filme de 1959. No filme de 2016 a sede de vingança é maior por parte de Ben-Hur e é dada maior relevância a Messala, ao seu passado, para que no final se perceba como podem voltar a ser irmãos depois do que passaram. Se tiver oportunidade, leia o livro e veja ambos os filmes.
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