Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Letters and words

Letters and words

Old School - 7

Caro Leitor,

tumblr_mybdi2uhT31sifz2ko1_500.jpg

 

Em contagem decrescente para o Natal - não, não tenho um daqueles calendários de advento com chocolates, nem um daqueles super giros, vide calendário 2016 (tchannnnnnn), -  não podia deixar de trazer um filme que, para além de aquecer os corações, mostra, como qualquer filme natalício, o espírito que esta época inspira e que facilmente descuramos. Não, não é o Sozinho em Casa (Home Alone). Nesta altura natalícia e com a publicidade do Ronaldo, seria muito óbvio incluir este filme nesta rúbrica, se bem que é aquele filme que me cheira a Natal - talvez por tê-lo visto para aí umas 20 vezes.

Não, o filme que abordo, ou melhor a série de filmes que enuncio aqui, lembra-me as férias em família. Trata-se da série de filmes  Que Paródia de Férias! (National Lampoon's, no original). O meu preferido desta série é sem dúvida o primeiro: National Lampoon's Vacation. Narra a saga da família Griswold na viagem interminável pelos Estados Unidos até ao Wally World (uma espécie de Bracalândia, quem se lembra?). E depois de toda a aventura, chegam ao parque de diversões para descobri-lo fechado para manutenção. Mas isso não irá impedir um pai de família...

Podia referir várias cenas memoráveis mas, como a variedade é tanta, escolho a música Holiday Road, que me traz boas recordações e que me põe logo a dançar - I like corny stuff.

1c853b2b18e88a68be3a536e54abdd43.jpgvacation.jpg

Os posters dos filmes, ainda que corny, espelham muito bem o ambiente do filme. No entanto, não resisti a incluir também uma outra foto, também ela bastante elucidativa.

 

O segundo filme National Lampoon's European Vacation é também muito divertido: lida com as ideias preconcebidas que os americanos têm dos europeus e cimentam as ideias que tínhamos dos americanos. É um daqueles filmes que gozando com as outras culturas acaba por gozar com a própria. Lembro-me perfeitamente da cena da rotunda - There's Big Ben, kids! e até à data ainda me fazem confusões as rotundas no Reino Unido.

NationalLampoonsEuropeanVacation_onesheet_USA-1-50

 

O terceiro filme, o mais apropriado à época que se avizinha, National Lampoon's Christmas Vacation, tem como todos os filmes natalícios que se centram na família uma série de peripécias que surgem de situações estapafúrdias e que resultam também em peripécias do mais estapafúrdio que pode haver, mas que facilmente nos tiram uma gargalhada. Lembro-me da cena do peru e da exagerada dificuldade sentida no seio da família americana em produzir uma ceia tipicamente americana (até eu acho que sou capaz de fazer um cozido à portuguesa), da épica busca da Árvore de Natal, e da fantástica escolha de plano que a introduz, completamente desnecessária em contexto norte-americano, uma vez que o que há mais por lá são sítios especializados na venda de árvores de Natal naturais de todos os tamanhos e feitios. No entanto, a cena mais emocionante para mim, que me lembra o Natal que nunca tive nessa parte do continente americano, é a cena das luzes.

national-lampoons-christmas-vacation-52b7196f0cc1b

P.S. A propósito do primeiro filme da série, há uma sequela de 2015 onde uma nova geração da família Griswold tenta imitar as aventuras vividas na infância. Este filme, Vacation, conta com a participação do patriarca Clark Griswold e da mulher Ellen, interpretados pelos originais, Chevy Chase e Beverly D'Angelo, uns aninhos mais velhos.

 

Bailinho

Caro Leitor,

 

A viagem que relato aqui já foi feita em 2014, mas poderá sempre auxiliar os visitantes pela primeira vez ou aguçar a curiosidade dos leitores de ocasião, or nothing of the sort.

Em julho de 2014, aproveitando as viagens low-cost, viajei até à ilha da Madeira e por lá fiquei 4 dias. Fiquei num hotel na região do Caniço, com vista para o Cristo Rei - algo a não perder. O hotel era de 3 estrelas, mas os quartos eram espaçosos, com varandas que ofereciam uma vista fantástica, com várias piscinas espalhadas pelo complexo (nenhuma que tivesse aproveitado, pois quem tem tempo para descansar num hotel quando há tanto para visitar) e com um farto pequeno-almoço.

 

mad1.jpg

 

DIA 1 (10 de julho)

 

Depois da aterragem fantástica num dos aeroportos mais perigosos do mundo 

dcdc836b121a594c53c05e4bcd29bdd9.jpgperspec_pista_ne.jpg17258.0.original.jpg

 

(devido à pista parcialmente construída sobre o mar e às correntes de ar fortes e imprevisíveis que ocorrem no local, o referido aeroporto era, à data, o nono aeroporto mais perigoso do mundo) e confiantes que o perigo tinha já passado, esperava-nos uma longa fila na agência de aluguer do carro (apesar de termos tratado tudo online ficamos com a impressão de termos sido roubados. Pelos vistos fica mais barato tratar diretamente com o serviço de car rental e não por um serviço intermediário - mesmo que este anuncie descontos. Depois há coisas que só nos informam in loco, como, por exemplo, a necessidade de um carro mais potente do que o básico, para subir as serras - mesmo necessário! -  e que se não quisermos deixar uma caução ridícula de cerca de 1000 euros temos que pagar um pouco mais do que estaríamos a prever, cerca de 100 euros (penso que era por causa do seguro).

Prepare-se para andar um pouco até ao seu carro, talvez uns 10 minutos - o nosso ficava bastante afastado do edifício do aeroporto - ou talvez com as malas a arrastar parecesse mais longe. Ainda que o carro fosse confortável e não nos tivesse deixado mal, o que relembro desta experiência de aluguer é a dica da funcionária sobre um restaurante onde se comia bem e barato, tipo snack bar, óptimo para quem chegue e ainda não conhece nada e quer almoçar rapidamente antes de partir à aventura... O nosso voo chegou por volta das 10h e ao meio-dia estávamos já no restaurante . Almoçamos, fomos colocar as malas no hotel e partimos até ao Funchal.

O plano era estacionar no Largo das Babosas, na freguesia do Monte, onde me pareceu, nas pesquisas, mais fácil de encontrar estacionamento gratuito, ver as vistas de lá de cima, descer num cesto e voltar a subir. Esse era o plano. Estacionámos, de facto, perto do largo das Babosas, num parque de estacionamento gratuito, muito próximo da entrada para o Jardim Tropical Monte Palace. Na freguesia do Monte,  vimos as vistas dos vários miradouros, observamos o subir e o descer dos teleféricos - sim há dois: o teleférico da Madeira e o do Jardim Botânico - subimos a escadaria da igreja da Nossa Senhora do Monte e mais uma vez deleitamo-nos com as vistas sobre o Funchal e o mar para depois nos aventurarmos nos cestos.

mad2.jpg

 

mad3.jpg

 

Fomos 3 num cesto o que proporciona uma viagem um pouco mais lenta - por isso recomendo para os young at heart  um cesto para 1 pessoa ou para 2 pessoas. Os senhores que nos empurram ruela abaixo são muito simpáticos e muito profissionais - sim, porque na mesma rua onde deslizam os cestos também circulam carros, às vezes em ambos os sentidos, e pessoas, e também há cruzamentos - imagine-se -  por onde passam camionetas.

DSC05829.jpg

 

Ah, e também há paparazzi - não não era por causa do CR7 (aliás, quando visitei o Funchal ainda não havia a famosa estátua). Ernest Hemingway terá descrito a descida nestes cestos como a experiência mais excitante e emocionante da vida dele. A viagem é divertida e recomendável ainda que os preços não pareçam convidativos. Pagamos 45 euros, para 3 pessoas. Penso que para 1 pessoa são 25 euros e para 2 pessoas são 30 euros. Caro, mas vale a pena.

Quando somos obrigados a abandonar o cesto - só porque nos apetecia mais - somos abordados por um outro membro da equipa dos paparazzi que nos oferece uma foto - em troca de algum dinheiro.

Dali a opção seria subir tudo aquilo que tínhamos descido - e que é de facto bastante e deveras  íngreme - ou descer para o centro da cidade para que pudéssemos aproveitar a viagem de teleférico. Descer era a solução, mas como não chegaríamos antes do fecho do teleférico, apanhamos uma carrinha até ao teleférico na parte baixa. Foi-nos recomendado que regateássemos o preço, mas não tivemos coragem.

Chegamos mesmo a tempo da última subida de teleférico, mas ainda antes de iniciamos a viagem ainda demos uma volta pelo jardim e aproveitamos para tirar umas quantas fotos à beira-mar e com muitos sinais de obras à mistura.

IMAG1603.jpg

 

Deleitamo-nos em seguida com a vista panorâmica até ao Monte, e fomos mais uma vez alvo de um paparazzo, que nos tira uma foto no teleférico para que à chegada ao Monte nos ofereçam, mais uma vez a troco de dinheiro, uma foto. Esta foto dava também direito a uma prova de poncha e de bolo do caco num loja de souvenirs ao lado. Tomada a poncha e vislumbradas as migalhas do bolo do caco, comprados os imprescindíveis souvenirs voltamos ao carro. 

Rumamos à zona velha e procuramos estacionamento. Afinal não foi tão difícil, também talvez porque já era fim de tarde, mas há sempre estacionamento num centro comercial que fica mesmo no centro, Dolce Vita, penso. Passeamos pela cidade, passamos pelo mercado, cuja visita ficaria para outro dia, vimos a sé, e muitos madeirenses pelas ruas. Depois rumámos até ao  Pico dos Barcelos (Norte- Santo António), miradouro (355 m) com as ilhas Desertas ao fundo. O tempo estava bastante nublado e a viabilidade não era a melhor, mas mesmo assim valeu a pena. O miradouro proporciona fantásticas vistas sobre todo o anfiteatro do Funchal, o oceano que o banha e as montanhas e vales que o rodeiam.

mad4.jpg

 Procurando sítio para estacionar fomos até ao porto, para tirar uma foto do Funchal. Encontramos estacionamento lá para os lados do mercado municipal, perto do Liceu de Jaime Moniz e fomos vendo as ofertas que os restaurantes nos proporcionavam. Acabamos por optar pela Dona Joana Rabo-de-Peixe: Tasca Literária. A razão do nome não sei, e do jantar só se aproveitou mesmo a foto da conta e o passeio pela rua das portas com arte.

mad9.jpgmad8.jpg

 

Aqui ficam as minhas portas preferidas:

 

mad12.jpgmad10.jpg mad11.jpg

 

 

Depois do jantar, passeamos pelas ruas da baixa e depois de mais umas foto do porto sobre a cidade, desta vez noturna, regressamos ao hotel por volta das 23 horas.

P.S. No Monte, aproveite para visitar o Jardim Tropical Monte Palace, lindíssimo, mas que no meu caso terá que ficar para uma outra oportunidade. 12,5 euros é o preço de entrada e dispense pelo menos um par de horas para experienciá-lo.

MontePalace700x360.jpg

 

The (little) Devil in me

Caro Leitor,

The Devil Wears PIB.

The Devil Wears PIB?

Acho que esta marca não vai ter grande futuro, venha quem vier como embaixador da mesma.

Acho que a marca teria mais sorte se estivesse associada a um número, do género da marca CR7.

Temo, no entanto, nos tempos que correm, que ficasse qualquer coisa como The Devil Wears PIB com um crescimento de 1,6%.

Os especialistas diriam que é um nome demasiado longo para uma marca de sucesso, condenando a marca e a ideia logo à partida.

1efb9t.jpg

 

 

 

Perdidos em Porto Santo

Caro Leitor,

Vem aí, no verão de 2017, um remake de um filme que gostei bastante. Produzido pelo cineasta Leonel Vieira, filmado em Porto Santo, Arquipélago da Madeira, o filme Perdidos, (descanse, leitor, pois não se trata de uma visão cinematográfica da confusa série Perdidos) é um remake português do filme Open Water 2: Adrift.

O filme alemão, inicialmente Adrift, muda o nome para Open Water 2: Adrift para aproveitar o sucesso de um filme anterior norte-americano, de seu nome Open Water, cujo enredo, baseado em acontecimentos reais, é em alguns pontos semelhante.  

5.jpg

 

A trama do primeiro roda à volta de um casal que numa atividade de mergulho é deixado para trás pelo barco que o transportava. No meio da confusão, a equipa do barco afasta-se do local de mergulho quando pensa ter todos os seus mergulhadores a bordo,  deixando o casal em questão, que emerge minutos depois, à deriva no mar alto. O filme mostra a capacidade de sobrevivência do casal, esquecido em alto mar. Quanto a Tom e Eileen Lonergan, o casal real cuja história terá inspirado este filme,  presume-se que se terão afogado pois os seus corpos nunca foram encontrados, apenas uma mensagem de socorro. Para este final trágico terá contribuído o facto de só dois dias depois é que deram pela falta do casal.

O segundo filme, e cujos direitos da historia terá o cineasta português comprado, gira à volta de um grupo de amigos que no meio de um passeio de veleiro decide ir nadar em alto mar. Ninguém se lembra de baixar a escada para que possam depois regressar ao barco.

4.jpg

 

Já não me lembro de qual dos filmes gostei mais, e é  verdade é que tenho apenas uma vaga lembrança do primeiro, mas lembro-me que gostei deste segundo. Ambos têm um elenco norte-americano, contando o segundo com atores mais conhecidos do grande público. Fica aqui a espectativa de um entusiasmante thriller com atores portugueses em águas portuguesas. Teremos que esperar até ao verão, caro leitor, para confirmar se o filme português entusiasma ou não, se o argumento original foi muito alterado e se a aposta de Leonel Vieira se concretizou num êxito de bilheteira.

Enquanto o verão não chega, aqui fica o trailer de Open Water 2: Adrift.

Youtube gems - part 3

Caro Leitor,

se restavam dúvidas acerca do talento da cantora Lady Gaga e se a extraordinária capacidade de provocar e de se transformar parecia esconder a falta de talento, julgo que o vídeo seguinte deita por terra todas as dúvidas e cimenta a cantora com uma cantora completa, para além de dar provas da sua excelente extensão vocal e da sua criatividade como compositora. Não será decerto a única prova, mas para quem não a possa ver ao vivo num palco, ei-la em mais um episódio de carpooling com James Corden : Lady Gaga carpool karaoke.

Deixo também aqui o seu mais recente single, Million reasons, do seu último trabalho discográfico Joanne.

8.jpg

 

Definindo-se como uma verdadeira rebelde mas também como menina do papá, este álbum permitiu à cantora mostrar um outro lado dela, uma faceta intermédia. E por isso a cantora, mais conhecida por Lady Gaga mas cujo verdadeiro nome é Stefani Joanne Angelina Germanotta,  escolheu o seu segundo nome Joanne - middle name, em inglês - para intitular o novo trabalho. Todos nós temos diferentes facetas e esta é mais uma da excelente performer conhecida como Lady Gaga...

Old school - 6

tumblr_lf1aenWf1R1qa58bio1_500.gif

 

Caro Leitor,

O filme que trago desta vez terá sido talvez o primeiro filme a assombrar-me e por isso muito propositado para este dia ( a carta deveria ser publicada ontem, dia de Halloween). Final Escape (A Última Fuga) fazia parte de um programa apresentado pelo cineasta britânico Alfred Hitchcock.

Primeiro, queria referir que via religiosamente a série de Hitchcock que passava na RTP e este filme causou-me tanta impressão que é o único episódio desta série que resta na minha memória.

Em segundo lugar, sempre pensei que os episódios tinham sido realizados por ele, ou escritos, ou produzidos, mas pelo visto não, eram só apresentados.

Por último, convém referir que versão que eu vi foi a preto e branco onde o preso que tenta escapar é um homem, mas pelos visto há também uma outra versão onde é uma prisioneira que tenta escapar.

Do que me lembro, pois não o pude rever (o episódio completo parece não existir universo cibernético), um prisioneiro trava amizade com alguém da prisão que tem a seu cargo o enterro dos prisioneiros. Há um suborno e fica acordado que o prisioneiro iria ocupar o caixão do próximo a morrer. Uma vez concluído o funeral, seria desenterrado pelo mesmo homem que tinha aceitado o suborno, acho eu.  No final, o prisioneiro acaba por morrer dentro do caixão pois ninguém o desenterra. Lembro-me dessa cena vivamente e de imediatamente pensar o que faria se acordasse dentro de um caixão, sem possibilidade de escape, pois todos pensariam que estava morta e porque debaixo de terra ninguém me conseguiria ouvir. Mais tarde, aquando da visualização do filme Buried recordei o filme que tinha visto na minha infância e pensei se não teria servido o antigo de inspiração para este filme onde Ryan Reynolds tenta fazer o impossível: sair vivo de um caixão. Aqui fica um extrato do filme Final Escape.