Caro Leitor,
a capital da Croácia é uma cidade tímida que, como capital, não se impõe como outras o poderão fazer, que não deixa o turista com a impressão avassaladora de grão de areia num deserto. Zagrebe é simpática. Bonita sem o ostentar, calma sem adormecer o turista, barata mas com qualidade, e interessante na sua configuração e na existência de diferentes zonas turísticas sem fazer o turista enlouquecer com mapas e GPS (em Zagrebe, por breves minutos, a dada altura pensei que estava numa outra cidade, tal é a diversidade de espaços). O povo na sua maioria é simpático, apesar de termos sentido na pele dois casos menos positivos. O tempo em agosto é quente mas agradável - 38º graus foi a média que encontramos.
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Ficamos num hotel perto da estação de autocarros para o caso de precisarmos, o que não se observou, visto que o hotel foi muito simpático, ágil e útil, e prontamente nos providenciou um carro para alugar. Subimos ao quarto para colocar as as malas e quando descemos já tínhamos os valores do aluguer. E ainda que a transação fosse inicialmente algo suspeita (estão a ver quando nos filmes há uma qualquer transação com um individuo da Europa de Leste?) tudo correu bem e o carro estava à nossa espera na manhã do dia seguinte.
O primeiro dia - tarde de dia 1 de agosto - foi para ver a parte baixa da cidade. Teríamos despachado grande parte da cidade se não fosse o aluguer do carro e as obras de requalificação da linha do elétrico. O plano era apanhar o elétrico em frente à estação de camionetas e ir até a praça. O trajeto poderia ser feito a pé - como nos informou o rececionista, mas, como tínhamos muito ainda para ver, resolvemos ir de transporte público. Seguindo o conselho do rececionista, compramos os bilhetes (livrinho de 10 bilhetes) num quiosque - perto da estação de camionetas- e não no elétrico pois será muito, muito mais caro. Bem, o plano era apanhar o elétrico. Esperamos e desesperamos 40 minutos por um elétrico que nunca por lá passaria - como mais tarde nos informaram. Aquele que pretendíamos não passaria por ali uma vez que a sua linha estava a ser requalificada. Seguindo as indicações de um local que nos viu a desesperar na espera e nos veio ajudar, acabamos por chegar onde queríamos. Do elétrico vislumbramos os espaços verdes, os monumentos, e saímos na praça Ban Jelacic, praça central de capital. É aqui que tudo acontece e os turistas amontoam-se perto da estátua do herói nacional. Curiosidade A estátua equestre estava antigamente virada a norte, e Ban apontava com a sua espada para a Hungria. contra os invasores húngaros. Foi mais tarde retirada, durante o período da II República Jugoslava, e quando foi reposta, em 1991, colocaram-na virada para sul.
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O plano a partir daí era visitar no sentido inverso, vendo as ruas e monumentos até passarmos pelo restaurante e para depois voltarmos para o hotel. Seguimos pela Lenuci, também conhecida por Parque Green Horseshoe, devido à sua configuração em forma de U.l
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Aqui para além dos espaços verdes, parques e jardins, dos edificios arquitetonicamente belos e museus, podemos ver os habitantes locais, que, pelos vistos, aproveitam por jantar por ali.
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Jantamos no Kelly's Grill, famoso pelos seus hamburgers, que fica perto desta zona. Pelos vistos os zagrebinos jantam muito cedo e por volta das 9h já não havia batatas para acompanhar o nosso hamburguer. Não que ele precisasse, as it turned out.
A caminhada de volta ao hotel fez-se tranquila por ruas e ruelas, com vias em requalificação e muros grafitados. Soube bem. O calor e o repasto convidava à caminhada.
A incursão mais profunda pela capital ficaria adiada para o último dia de estadia. O dia seguinte ia ser huge.