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Letters and words

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Monte ou Montanha - é tudo uma questão de (tamanho) esforço

Caro Leitor,

Este dia iria ser dedicado a caminhadas - não por percursos pedestres nem por passadiços mas caminhada com algum grau de dificuldade, por entre florestas e montanhas, com objetivo de subir montes e montanhas. 

Saímos de Glasgow cedo, como já seria de esperar, talvez antes das 8h. Tínhamos à nossa frente uma viagem de 1h (53km) até ao parque de estacionamento de Balmaha para subir o Conic Hill, sítuado no concelho de Stirling.

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Esta seria a nossa primeira subida a uma montanha, na verdade um morro alto de um pouco mais de 360 metros e por isso a mais fácil de todas as subidas. Um aquecimento para as grandes montanhas que se avizinhavam. Conic Hill faz parte do Loch Lomond and Trossachs National Park, um parque nacional com muito para ver.

A viagem é bonita e, apesar de o céu ameaçar ficar mais negro, o lago Lomond faz-nos esquecer qualquer mau tempo que paire sobre ele. Chegámos cedo ao parque de estacionamento, por volta das 9 horas. É um parque grande, pago (£3,5), e de manhã, naquele dia nublado estava apenas um outro carro. Mas não se deixe enganar, o lugar é bastante popular e por isso o parque rapidamente ficará cheio. O visitor centre ainda não estava aberto e aproveitamos para dar uma vista de olhos às redondezas. A chuva começava a cair quando nos deparámos com a estátua de Tom Weir - um montanhista e apresentador de TV que levou as paisagens escocesas a todos os lares desta nação e que decerto terá criado em muitos uma paixão, se não pela subida a montanhas, pelo menos pela natureza.

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A estátua olha a montanha com o ar sorridente de quem vai iniciar uma tão aguardada viagem ou com o olhar cheio de memórias de quem a acabou de subir. Nas costas de Weir está o lago Lomond e os barcos à vela.

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Esta zona possui ainda um parque de merendas e uma fonte com água fresca.

Por isso, antes de subir, tire uma foto com o Tom, abasteça o seu cantil de água, aperte o corta-vento e verifique se os cordões das suas botas de montanha estão bem apertados (para esta montanha umas sapatilhas são suficientes). E assim inicie a aventura.

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O percurso inicia-se nas traseiras do parque de estacionamento e não tem hipóteses de se enganar no caminho. A subida é fácil, mas dependendo do tempo dos dias anteriores ou do próprio dia, grande parte do terreno pode estar lamacento, por isso todo o cuidado é pouco. Vá com calma, escolhendo o melhor caminho.

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O céu estava nublado e caia por vezes uma chuva que molhava os tolos que arriscavam subir o monte naquele dia - ou não porque o tempo na Escócia também é bastante incerto e depressa a chuva parou. Num dia luminoso será esta a imagem que trará consigo.

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Num dia nublado, como encontrará muitos na Escócia, ou pelo menos encontrará muitos momentos do dia nublados, nas terras mais altas, da parte da manhã, ficará com esta imagem.

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Em 30 minutos chegará a metade do trilho. Aqui encontrará as melhores vistas na minha opinião, independentemente do tempo que ali se faça.

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É uma zona relativamente plana que num dia de sol lhe permitirá sentar-se na erva e ficar embebecido com tamanha beleza. Tinha chovido à instantes mas isso não me demoveu de uma pausa, sentada na relva molhada a olhar para beleza singular do Loch Lomond e das suas inúmeras ilhotas e comer uma barrita energética.

Depois desta paragem poderá subir até ao verdadeiro cume e daí terá vistas também bonitas mas prefiro as da primeira paragem. Fizemos o percurso linear, por isso voltámos a descer pelo mesmo sítio, 5 km na totalidade, mas existe um outro percurso, circular de 10 km.

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Para quem quiser uma atividade mais calma, é possível ir de ferry até Inchcailleach, desde Balloch (bilhete de ida e volta £7,50). 

Depois partimos para  Ben A'an a mais ou menos 30 km dali, ainda dentro do território pertencente a Stirling. O parque de estacionamento aqui é muito pequeno e à hora a que chegamos estava repleto. Tivemos sorte de encontrar lugar. Este parque de estacionamento é pago e precisará de no mínimo 2 horas para fazer o percurso. Nós selecionámos o bilhete de 3 horas. Do parque de estacionamento podemos ver o Loch (lago) Achray - consegui molhar os pés aqui depois da subida. 

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Depois de um rápido almoço, no carro, só mesmo para restabelecer as energias - estes almoços rápidos são essenciais para quem viaja muito e quer fazer muito num dia - esperava-nos a subida.

Esta subida é mais intensa mas o dia estava solarengo e a vegetação ali estava seca. A diferença que 30 km podem fazer! A vegetação é mais rica e variada e a paisagem é mais diversa, sempre com surpresas ao virar da esquina. Passámos por uma pequena ponte sobre uma cascata e nesta altura o sol brilhava forte.

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O trilho é bastante aberto, como as fotos mostram, permitindo aproveitar o calor e o sol mas também não terá muitos lugares para se abrigar da chuva.

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A meio do caminho, antes de uma subida que o poderá demover, porque à distância assusta mais, terá uma zona mais fresca, para se abrigar do sol ou da chuva ou para descansar.

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Se decidir aventurar-se até ao topo, esta será a subida que deverá fazer. Bastante inclinada, mas a distância ainda parece aumentar a inclinação.

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As vistas do topo são muito bonitas e vale a pena a caminhada extra e a subida vertiginosa.

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Com o bilhete de 3 horas poderá fazer todo o percurso com calma, descansar em várias etapas, comer algo e ainda molhar os pés no lago.

Depois da vista cheia e o coração pesado de tantas aventuras, partimos em direção a Oban, onde iríamos passar a noite. 120 km que nos demorariam 2 horas, por causa da estradas pelas montanhas. Pelo caminho, sempre que víamos algo bonito para parar parávamos e tirávamos umas quantas fotografias. Como esta bela vista do lago. Era uma espécie de praia fluvial e uns quantos grupos estavam por lá a descansar.

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Como estávamos no início de tarde, tínhamos ainda tempo de ir ver algo que fazia parte do plano, caso tivéssemos tempo. No nosso caminho, previamente planeado, era apenas um desvio de 7km, mas ainda situado no conselho de Stirling. Estas cascatas apareceram-me um dia num feed e gostei do pequeno túnel que nos leva até à cascata e o poema que está lá escrito, da escritora Dorothy Woodsworth.

As Falls de Falloch são de fácil acesso e tem um pequeníssimo "parque" para estacionar e depois de 300 metros de caminhada surge a cascata. Naquela tarde solarenga, tínhamos apenas 2 outros pequenos grupos de pessoas. É por isso um sítio calmo e sem a azáfama de turistas.

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Depois da cascata, retomámos o nosso caminho em direção a Oban,

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contentes da vida pois íamos chegar cedo, podendo fazer ainda neste dia duas visitas, ao Castelo Kilchurn e a Saint Conan's Kirk (igreja). Tal não foi possível - mas adianto-me.

Para ver o Kilchurn Castle, uma ruína do século XV, deve vê-lo de perto mas também do outro lado da margem. Situado numa península muito perto de Saint Conan's Kirk, a melhor vista do mesmo é do outro lado do lago, um desvio de 1km se for em direção a Oban. Basta pesquisar no googlemaps Kilchurn Castle viewpoint and Layby. O que quer dizer que aqui não terá um parque de estacionamento, mas terá algum sítio para estacionar na berma da estrada. Da estrada verá o castelo e saberá qual é o miradouro com facilidade. Estacione com cautela por perto, e caminhe, com cuidado, por entre a propriedade privada com a permissão do dono, já decerto tão habituado aos turistas. A única sinalética que encontra, para além da indicação de propriedade privada mas na qual pode entrar para ver o castelo, é a que o aconselha a permanecer no percurso e a ter atenção às cobras. Afinal nós somos os invasores. Devemos mesmo permanecer no percurso, por vezes com estrados de madeira, para que não nos afundemos nos pauis.

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Uma breve caminhada leva-o até um lugar idílico, quiçá invadido por campistas, mas onde o silêncio é apenas invadido pelo som da brisa vespertina por entre a vegetação que se infiltra no lago.

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Fotos ao romper do dia ou ao pôr do sol devem ser fantásticas. Mesmo as fotos com nevoeiro cerrado - é só deixar entrever o castelo do outro lado. 

Regressámos à estrada, fizemos inversão de marcha para dali a 1km retomar a estrada em direção a Oban para ainda ver o castelo e a igreja de perto. Mas quando chegamos ao cruzamento deparámo-nos com uma enorme fila na direção que pretendíamos tomar e muitos condutores a falar com os trabalhadores das obras. Pois, tinha havido um acidente a poucos quilómetros dali o que impossibilitava o acesso àquela estrada na direção de Oban. As estradas não são largas e um acidente mais aparatoso pode cortar a circulação na estrada completamente. Ou seja uma viagem de 36 km em direção a Oban que nos levaria a visitar ainda dois monumentos a caminho, sem qualquer desvio, de repente transformou-se numa viagem longa e demorada, um pouco às cegas, porque ninguém nos conseguia explicar como chegar a Oban pelo outro lado do lago - talvez porque ninguém no seu perfeito juízo iria algum dia por ali. Um desvio de 100 km por estradas regionais, que depois se tornou ainda mais longo porque passamos por Inveraray, já não sei se por engano, se por curiosidade. Ou seja, um desvio de mais de 130 km que nos custou mais de 2 horas e duas visitas.

Chegámos a Oban ao fim de tarde por volta das 19 horas. Esvaziámos o carro dos nossos pertences e fomos conhecer o sítio onde iríamos ficar. A menos de 1km do centro da cidade, decidimos ir de carro para conhecer um pouco a cidade portuária, procurar restaurante e visitar McGaig's tower.

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Às 8 horas da noite, no céu ainda brilhava o sol, foi difícil encontrar um restaurante com a cozinha ainda aberta - eu sei, muito estranho para um português, e para muitas das culturas europeias. Tivemos que nos contentar com um fish and chips comido na rua. Não havia restaurantes disponíveis. Depois do jantar gorduroso mas muito saboroso, subimos até McGaig's tower, uma construção circular que ganha o nome do filantropo que a quis construir.

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John Stuart McGaig era uma amante da arquitetura grega e romana e visionou um edifício semelhante ao coliseu romano. Infelizmente morreu antes de o poder concluir em todo o seu esplendor e depois da sua morte os seus herdeiros decidiram não continuar o investimento. Typical! 

O monumento é gratuito e a vista é bonita. Thank you Mr. McGaig's.

O sol já se estava a pôr, mas ainda se viam as ilhas

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O caminho até lá em cima faz-se seguindo as indicações junto do centro da cidade e apesar de ser sempre a subir, faz-se facilmente. A caminhada de 10 minutos é pontuada por surpresas que saltam à vista do jardim.

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É sem dúvida um bairro calmo e pitoresco.

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Pode, todavia, fazer o caminho de carro, mesmo até à entrada do monumento. É sem dúvida algo a não perder se achar que Oban vale a pena. Não foi dos sítios inesquecíveis mas as experiências aqui vividas tornaram-se inesquecíveis (inside joke: where's the house? where's the key? are you doing to sleep in the car? OMG).

Seja ou não um amante de caminhadas ou de natureza, se estiver por estas bandas, faça de Conic Hill um ponto de paragem, sem qualquer hesitação. O castelo Kilchurn também vale a pena, mas dele falarei na próxima carta. De qualquer modo, se está a pensar visitá-lo não se esqueça do miradouro que lhe oferece a melhor vista da outra margem. É imperdível.

Como pôde ler, este foi um dia com gastos mínimos (só mesmo comida e combustível) provando que é fácil ter experiências inesquecíveis na Escócia a custo zero. Basta ter uma guia fantástica !

P.S. Estou disponível para futuras reservas.

E já agora, deixo aqui uma visão do google maps do nosso percurso de carro, desde o aeroporto até Oban, destino desta carta. Nada mau para dois dias!

 

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Abadias, capelas e Glasgow

Caro Leitor,

Acordámos cedo. Esperava-nos uma viagem até ao aeroporto para levantar o carro, nosso fiel companheiro de viagem nos próximos dias.

Depois dirigimos até Rosslyn Chapel a 15 km de Edimburgo e 20 km do aeroporto. Tornada famosa pela escrita de Dan Brown e ainda mais famosa e popular pelo filme baseado na sua obra que segue as aventuras do professor Langdon na busca do Santo Graal.

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Não são permitidas fotos lá dentro o que é uma pena pois é uma capela deslumbrante. É inacreditável como esteve tanto tempo abandonada à sua própria sorte até que Tom Hanks lhe deu vida, injetando todos os anos centenas de milhares de visitantes a um lugar que outrora recebia centenas de visitantes anualmente, com muita sorte.

Eu diria que não necessita de comprar bilhete online antecipadamente - poderá ter que esperar alguns minutos na gift shop, mas pode aproveitar esses minutos para se aquecer ou se refrescar com uma bebida quente ou fresca e dar uma vista de olhos às souvenirs. Precisará de 1h30 para a visita - os time slots são mesmo desta duração -, apesar de puder deambular pela capela e descobri-la a seu bel-prazer surgirá um momento em que um dos guias lhe contará a fantástica história do (re)nascimento da capela, que demorará (infelizmente) apenas uns 20/30 minutos. Esteja atento ao guia se percebe inglês (e às piadas) mas se não percebe sente-se e descanse e observe-o - ele irá apontar para lugares interessantes que prenderão o seu olhar. A capela é lindíssima por fora, mas por dentro a brancura inusitada e o trabalho em cada parede, em cada coluna, o simbolismo por detrás de cada pedra talhada, a surpresa ao virar de cada recanto, deixá-lo-ão como um desenho animado quando se encontra deveras surpreendido. Não ficará arrependido com o custo do bilhete (£9,50). Vale mesmo a pena, sendo ou não fã de Dan Brown.

Aqui fica o site com bastante informação para fazer as suas delícias.

Rosslyn Chapel Website

Logo a seguir rumámos mais para sul para Melrose Abbey a 50 km dalí, a 1 hora de caminho. Sim, este dia seria dedicado à peregrinação às capelas, abadias e catedrais - infelizmente ficará para outra altura a visita a Jedburgh Abbey que ficava a 20km de distância de Melrose. Infelizmente, como ainda íamos visitar Glasgow eliminámos esta abadia na fase do planeamento. Mas valerá a pena a visita.

Melrose Abbey está situada numa pacata vila/aldeia e depois de almoçarmos algo rápido entre os turistas e locais que faziam a sua caminhada matinal antes do almoço, comprámos o bilhete na pequena e vazia bilheteira e entrámos para termos praticamente para nós todo o complexo. Se quiser poderá trazer consigo um pequeno lanche e almoçar nas imediações - que bela vista terá! Estavam talvez 8 pessoas para além de nós e, como já nos tínhamos apercebido na bilheteira, devido a problemas estruturais, não seria possível caminhar por debaixo dos históricos arcos e entrar na nave. Mas vale e pena deambular pelos campos verdejantes, entre sepulturas e cruzes célticas com um pano de fundo tão espiritual.

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Aqui foi sepultado o coração Robert The Bruce.

Terminada a visita à abadia, ainda demos um passeio pela vila, espreitando lojas de artesanato e de gelados. Éramos praticamente  o único grupo a deambular pelas ruas - tudo estava tão sossegado.

Informação prática: encontrará um pequeno parque de estacionamento mesmo em frente à abadia mas se não tiver aí lugar é só circular mais um pouco até encontrar um. As ruelas que circundam a abadia são bonitas e não ficará zangado se tiver que estacionar um pouco mais longe.

Partimos em direção a Glasgow - mais ou menos 1h40 de viagem.

A primeira coisa que vimos é a imponente universidade e perto dela, numa zona residencial, encontramos estacionamento - talvez tenhamos tido sorte por ser fim de semana. Depois de uma caminhada de 10 minutos entramos pelos portões da universidade. Mas não se deixe enganar pela fachada exterior. A fachada virada para o pátio/jardim interior é muito mais bonita.

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Primeiro terá que aventurar-se neste hall abobadado que terá certamente inspirado a escritora de Harry Potter.

IMG_20220730_162147.jpg  Não estavam muitos visitantes mas foi difícil tirar uma foto sem vivalma aqui - teve que ser mesmo na vertical!

IMG_20220730_162423.jpg Também está com a sensação de que a qualquer momento Ron, Hermione e Harry vão correr pela relva amaldiçoando a última aula de Poções? Não?

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E agora? Jura que viu Draco Malfoy espreitar lá do cimo da torre?

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Lá vão eles, a correr pelos corredores, tentando não esbarrar nos outros alunos das outras casas, temendo chegar atrasados para mais uma aula - desta vez Adivinhação.Oh não!

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Para visitar a universidade de Glasgow não necessita de pagar bilhete. Verá o suficiente da mesma e terá ainda acesso ao Hunterian Museum, com uma variedade de temas desde o império romano até às ciências naturais.

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Aquela parte de Glasgow estava bem calma a meio da tarde e assim encontrámos a parte que alberga a catedral e a necrópole. Já passava das 5 da tarde quando chegamos à catedral, a 5 km do último destino, e por isso não a pudemos visitar e vivenciar todo o seu esplendor. É deveras bonita, pelo menos assim mostram as imagens encontradas durante a pesquisa.

Por fora é imponente. Grandiosa em tamanho. E, surpreendentemente, grátis.

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A uns 50 metros, do outro lado da rua, encontrará facilmente parque de estacionamento - a pagar, como a maior parte dos estacionamentos por toda a Escócia, incluindo os que ficam nos sopés das montanhas. Reserve 3 horas se pretende visitar a Catedral e vaguear pela necrópole, mas se só quiser visitar a catedral então dedique apenas 2 horas, mas não se esqueça de atravessar a ponte que o leva à entrada da necrópole. Não só obterá fotos da necrópole bem como fotos fantásticas do exterior da catedral, no seu comprimento.

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Ao vaguear pela necrópole, sinta o peso das lágrimas derramadas ao longo de dois séculos, deixe que uma leve tristeza o invada à medida que se deixa levar por este mórbido encanto victoriano.

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Glasgow é a maior cidade da Escócia e apesar de ser basicamente um grande centro urbano deve visitá-la nem que seja apenas para ver o que enumerei aqui. A parte histórica vale a pena. Dispense por isso um dia apenas para esta cidade e aproveite tudo o que pode fazer sem pagar.