Irlanda - 6º dia (parte 1)
Caro Leitor,
A noite em Killarney foi talvez a noite que aproveitámos melhor. Com dias tão preenchidos é impossível preencher muito a noite. Mas também viver la vida loca noturna não é de tudo o nossa missão. Lo siento, Ricky!
Em Kilkenny não aproveitámos muito - não sabíamos como iriam ser as viagens de carro, as estradas rurais irlandesas, as multidões de turistas, o trânsito (ou como iríamos lidar com todos os pedidos de casamento por parte dos irlandeses) e por isso deitámo-nos cedo. Em Cork vimos um pouco - mas demais - da vida noturna. (Disclaimer: estes emojis não se aplicam a nós, mas sim à vida noturna hardcore em Cork). Em Rosscarbery, foi uma belíssima noite num pub fantástico (quaint and real). E em Ballinskelligs, tivemos que dormir mais cedo porque o dia começaria antes das 7h, por causa da antecipação da viagem de barco.
No entanto, chegamos cedo a Killarney e antes de encontrarmos um excelente restaurante para o jantar, passeámos pelas elétricas e coloridas ruas da cidade.
Killarney é pitoresca e à noite todos parecem sair de suas casas/alojamentos e aproveitar a música gratuita que preenche as ruas já inundadas pelas multidões de turistas felizes. Na altura que estivemos por lá, a cidade estava ao rubro e nota-se que vive muito do turismo. Sendo popular para turistas, Killarney não deixa de perder o charme com esta invasão. As ruas são pitorescas, com as casas com fachadas multicoloridas. Os restaurantes são encantadores. As lojas de souvenirs uma perdição. Os artistas de rua oferecem entretenimento variado. E há igrejas e catedrais para ver - mesmo à noite, por fora, com uma luz erie.
Saint Mary's Cathedral é muito bonita no seu exterior e parece também que o seu interior não lhe fica atrás. Infelizmente, quando chegamos a Killarney, já estava fechada.
Jantámos aqui.
Apesar da longa fila de espera, fomos bem atendidos e a comida estava muito boa. O restaurante é pitoresco e simpático.
O nosso B&B Countess House ficava a poucos passos do centro da cidade e é uma boa opção caso esteja a planear passar por esta cidade. Na manhã do sexto dia, depois do pequeno-almoço, partimos rumo a Ross Castle. Para o visitar, o preço de admissão é de 5 euros e inclui um guia. Também há a possibilidade de fazer um passeio no lago (Killarney Lake tours), a partir das 11 horas, por 12 euros. O plano era parar aqui para ver o exterior do castelo, ver os barquinhos, tirar fotos e admirar a paisagem. Chegámos bem cedo, num dia que ameaçava ser tristonho, e por lá os turistas/madrugadores contavam-se com a ajuda de duas mãos.
Rumámos depois em direção a Aghadoe Cathedral (um conjunto de ruínas e um cemitério)
e ao miradouro sobre os lagos de Killarney.
Em Killarney, poderá ainda aventurar-se pelo Killarney National Park e escolher entre os inúmeros percursos que este parque oferece.
Seguiu-se Dingle e a Dingle Peninsula. Aqui o mar encontra a montanha, quais primos distantes, e, num abraço quente e sentido, o azul toca no verde. E o turista, esse, deixa-se embalar pelas mãos destes primos distantes, seguindo viagem, numa reta interminável ladeado pela montanha e pelo mar.
Conor Pass (ou Connor Pass) é um desvio, mas em tudo merecedor. É uma das mais altas passagens montanhosas da Irlanda e presenteia o turista com um ponto estratégico para observar e contemplar Dingle e Brandon Bay.
Para lá chegar terá que subir bastante, mas será generosamente recompensado. Depois do almoço e da subida íngreme do Conor Pass, voltamos à estrada.
Se pretender rumar a Slea Head Drive - que aconselho - terá que passar novamente por Dingle (e agora percebe porque referi Conor Pass como desvio)- mas se há lugares que vale a pena voltar, por que não este?
A belíssima e imperdível Slea Head Drive é uma rota circular junto ao mar de um azul inesquecível. Ainda que tivesse recolhido informações sobre o perigo desta estrada e os cuidados a ter com as camionetas, visto ser uma estrada estreita na borda de um penhasco, a verdade é que o passeio de carro foi isso mesmo, um passeio. Nada de alarmante a registar - mas também não fui eu a conduzir .
A estreita estrada serpenteia a costa e propicia fotos memoráveis. O sol brilhava e as fotos ficaram incríveis. A vontade era de parar a cada 100 metros e ficar a contemplar a serenidade e a beleza extraordinária da paisagem.
A estreita estrada praticamente não tinha trânsito o que tornou o passeio muito agradável...
(To continue)