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Letters and words

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Piratas, ilhas e tesouros - viagem imaginária (parte 1)

Caro Leitor (em particular Miluem),

Parti hoje, há pouco aliás, numa viagem desafiante. Parti a convite de uma leitora. Uma das poucas do blogue. Uma leitora que respondeu ao meu convite. 

Tendo sugerido Irlanda e tendo eu já visto uma grande parte deste belíssimo pais,(ver cartas anteriores para mais detalhes) escolhi o próximo condado: Mayo.

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Parti assim na viagem que desafiará a minha mente e talvez me entristeça um pouco. 

O meu primeiro destino foi a baía de Clew (Clew Bay). A Irlanda é um verdadeiro baú de piratas, primeiro porque nunca se sabe o que de lá sairá (ver cartas anteriores) e depois porque seria sem dúvida um paraíso para piratas (que hoje em dia chamaríamos Gangsta's paradise - para quem não percebeu, é uma referência aos anos 90) por tantos tesouros aqui enterrados prontos a serem descobertos. 

No condado de Mayo situa-se Clew Bay, uma baía que abraça 365 ilhas - rumor talvez lançado pelos piratas para que o comum dos mortais rapidamente desista de as explorar e por isso  falso (não se pode confiar nos piratas, terá dito Amber Heard [veja lá se descobre a referência]). A maior parte delas inabitáveis e de tamanho S, mas enfim o tamanho não importa no que diz respeito a ilhas, fique a saber caro leitor que 6 são habitáveis.

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John Lenon terá comprado uma ilha destas para refúgio.

Da baía de Clew, apanho um ferry que em 15 minutos, sem grandes tormentas, me leva até a ilha Clare. Considerada a jóia entre estes tesouros, com 8 km de comprimento, esta ilha oferece falésias de tirar a respiração, caso se caia de uma delas, trilhos verdejantes, sítios históricos, serenidade e muita simpatia dos seus 130 habitantes que por esta época baixa por lá permanecem, Dizem-me, sem máscara porque na minha imaginação não há covid quando viajo, que no verão há mais gente. Acredito.

Depois de pousada a bagagem, parto para a aventura planeada ainda pela manhã. Nada fica por experienciar: os trilhos, as falésias, o seu ponto mais alto a 462 metros (Knockmore), a história abandonada a serenidade e a simpatia dos habitantes desta ilha.

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Num desses trilhos, encontro um grupo que me pede para tirar uma foto. 

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Regresso ao Hostel para descansar e secar as minhas roupas - esta baía pode não ter 365 ilhas mas a ilha tem 4 estações num só dia, não fosse ela território irlandês. Frio, chuva, sol e até um arco-íris me brindou na minha aventura solitária.

São 5 horas da tarde. Depois de uma banho quente e de um descanso merecido, um repasto dos deuses é o que se seguirá.

Amanhã, regresso ao continente, a Westport novamente. Hoje uma ilha. Amanhã uma montanha.

CLARE ISLAND ADVENTURE - IRELAND - YouTube

 

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