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Letters and words

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Praha (3)

 Caro leitor

 

Segunda

O dia anterior fora bastante preenchido e terminara com algumas dores nos pés, por isso o plano traçado seria acordar um pouco mais tarde, entre as 8.30 e as 9.00. In hindsight deveríamos ter efetuado o check-out logo após o pequeno-almoço, desapareceria assim a preocupação de chegar ao hotel antes do meio-dia o que nos daria mais tempo para visitar. O nosso voo seria por voltas das 17h.

Após o pequeno-almoço, dirigimo-nos a pé até uma igreja de Santa Ludmila, muito bonita como comprova a foto.

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Apanhamos depois o metro até a estação mais próxima da Dancing House.

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Só a fomos ver porque pensava mesmo que a distância dali até Vyšehrad seria curta - não o é. Mas passo a explicar. Já que estávamos junto ao rio decidimos verificar que elétrico nos levaria para sul, para próximo de Vyšehrad. Deveríamos ter apanhado o metro linha C, com saída na estação Vyšehrad.

Como não sabia que saída seria a mais adequada para este castelo no percurso do elétrico, decidi sair quando o avistasse. A paragem que se seguiu ao avistamento é um pouco longe, levando-nos para o lado sul, depois do túnel. Quando saímos avistamos o castelo lá no cimo de um planalto, mas como subiríamos até lá, não nos ocorria. O tempo escasseava. Perguntamos a uns trabalhadores que limpavam as árvores e eles também não sabiam como ir dali até lá em cima.

Nunca deveríamos ter ido pela margem do rio.

Ainda tentamos refazer o percurso no sentido contrário e sair na paragem logo a seguir a esta, mas o castelo lá continuava bem no alto.

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Acho que se percebe a razão por detrás da construção destas fortificações em lugares altos - os inimigos não conseguem penetrar, nem os turistas menos preparados. Assim sendo, e porque o tempo escasseava, apanhamos um outro elétrico e mudamos novamente para apanhar o 22 até à paragem mais próxima do nosso hotel. Fizemos o check-out pouco antes do meio-dia, deixamos as malas e fomos à procura de algo para ver nas 2 horas restantes.

Tinha no meu plano alguns pontos naquela zona e perto do nosso sítio das mini sandes. Assim, fomos de metro até a estação de comboios para tirar fotos à lindíssima cúpula e depois foi apenas seguir as indicações até à Sinagoga Jerusalém. Lindíssima por fora. Para ver o interior paga-se e nós não tínhamos tempo.

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Procuramos a torre que víamos sobrevoar os telhados e encontramos uma outra igreja (pelo caminho vimos um jovem adulto que nos ultrapassou - não por ser jovem adulto - e que mal chegado às imediações da igreja começou a coxear e a pedir esmola). Tomámos novamente o elétrico que nos levou mesmo à porta da superfície comercial onde compraríamos as sandes no Ovocny Svetozor. Estas mini sandes variam entre, mais ou menos, as 20 e as 25 coroas. Seguindo as dicas do Janek, compramos as nossas lá e dirigimo-nos para a outra saída, em direção ao jardim e aí, após encontrar um banco à sombra, almoçamos sossegadamente, como verdadeiros praguense, com vistas para um belo jardim.

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Regressamos hotel onde esperamos pacientemente pelo transfer.

Na primeira noite da nossa chegada, perguntei ao motorista como poderia saber a hora do transfer para o aeroporto dali a 3 dias. Tranquilizei-me quando me disse que o habitual era o transfer estar no hotel 2h30 antes do voo e nunca mais pensei no assunto. Como o nosso voo era depois das 17h, chegamos ao hotel às 14h o que nos daria tempo de sobra. Esperamos calmamente até às 14h30 na receção do hotel, mas por volta das 14h45 já estávamos a desesperar. Leio melhor os papéis fornecidos pela agência e vejo para além da menção "fale com o motorista acerca do horário do transfer para o aeroporto" - que foi o que fiz - uma indicação de um site. Acedi ao site e, após digitar o número da reserva de transfer, rapidamente me dá a informação de que o nosso transfer era para as 12h - 2h30 antes. Desesperamos um pouco. Falei com a receção que me informa que efetivamente esteve um motorista as 12h no hotel para nos buscar. Ligo para o número de emergência que consta dos papéis e explico a situação. Fico em standby enquanto verificam se há um transfer ali por perto a ocorrer no preciso momento. Informam-me que sim e que dentro de 5 minutos me ligariam a confirmar o transfer. Passam 5 minutos e passam 10 minutos e eu já a pensar que ter aprendido algum checo me vai fazer jeito agora que vou cá ficar retida. Decido ligar novamente. Tinham se esquecido de nós - não do nosso transfer que já estava agendado, mas da confirmação via telefone. Os 10/15 minutos foram stressantes. O transfer demorou quase 45 minutos do hotel até ao aeroporto. Fizemos o check-in rapidamente, pois já todos o deviam ter feito. Confirmamos que até ao encerramento da porta de embarque tínhamos mais de 45m.

Missão seguinte e verdadeiramente impossível: desfazer-nos das coroas suecas. Ainda tinha  quase 400 coroas checas e depois de comprar umas wafers famosas e o delicioso bolo de mel ainda me restavam quase 100 coroas.

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Consegui ainda comprar 3 postais, mas fiquei ainda com umas moedas. Chegamos à porta de embarque onde fomos recebidas como personae non gratae com um "Vejam lá se chegam à porta de embarque atempadamente da próxima vez". Passo ligeiro até à porta do avião onde, como deve calcular, toda a gente nos olhou de alto a baixo - mas talvez fosse só a minha imaginação, pois não percebo por que razão o fariam, afinal ainda faltavam 15 minutos. Minutos depois, uns bons 10 minutos, chegam dois rapazes muito mais atrasados que nós - imagino que nunca poderão regressar à República Checa depois de tal atraso.

E foi assim que regressamos, safe and sound, a um país que ardia por dentro.

 

 P.S. Em breve uma carta com dicas para optimizar a sua aventura em Praga.

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